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17 novembro

Taxa de ocupação da UM na 2ª fase foi de 94,6% 

Ao contrário do que se poderia esperar, devido aos resultados da primeira fase, a segunda fase de ingresso no ensino superior na Universidade do Minho (UM), superou os resultados do ano anterior. Este ano, a UM teve uma taxa de ocupação de 94,6%, enquanto que no ano lectivo anterior só alcançou uma taxa de 87%. Note-se que a taxa de ocupação é calculada pelo número de alunos inscritos sobre o número de vagas fixadas, e não o contrário como tinha sido referido, por lapso, no artigo anterior. Relativamente ao curso de Engenharia do Vestuário, que não registou qualquer colocação na primeira fase, nesta fase foram colocados dois alunos, que posteriormente realizaram a sua inscrição. A directora deste e presidente do Conselho de Cursos de Engenharias, Rosa Vasconcelos, quando questionada relativamente ao funcionamento do curso referiu que “o curso vai decorrer dentro da normalidade, porque para além dos dois alunos que entraram por ingresso nacional, recebeu alunos transferidos. Para além de que os cursos de engenharia no primeiro ano, devido ao regime matricial, são leccionados conjuntamente”, explicitando que, devido à UM ter o regime matricial, uma grande parte das disciplinas de um curso são comuns a disciplinas de outros, e no primeiro ano de engenharia isso nota-se muito, porque só há uma disciplina que é específica do curso. No entanto, no caso de engenharia do vestuário e engenharia têxtil, nem esse problema se coloca, porque a disciplina especifica de cada um dos cursos tem conteúdos programáticos idênticos. Comentando os possíveis motivos que causaram a baixa taxa de ocupação no curso em questão declarou que “em relação a Engenharia do Vestuário estranhamos muito não ter alunos colocados na 1ª fase, porque é um curso que continua a ter várias saídas profissionais, mas provavelmente os alunos não sabem disso porque geralmente o que é transmitido pela televisão e pelos media relativamente ao sector têxtil e do vestuário é uma imagem muito negativa, é a imagem de que está tudo a fechar. Portanto os alunos podem ficar com a percepção de que ao entrarem num curso destes podem não ter emprego no futuro”. Para Rosa Vasconcelos, o problema passa também pelo desconhecimento por parte dos alunos do conteúdo programático do curso e pelos maus resultados nos exames nacionais, o que poderá ser um entrave devido à exigência de nota mínima de 9,5 para a maioria dos cursos da UM, nomeadamente nas engenharias. Contudo não é apenas o curso de Eng. do Vestuário que tem uma taxa de ocupação muito baixa, ficando-se pelos dez por cento, também Eng. Têxtil e dos Materiais têm uma taxa de ocupação inferior a 50%, sendo que a primeira apresenta uma taxa de ocupação de 14,3% e a segunda de 30%. Rosa Vasconcelos não têm dúvidas de que no caso de Engenharia dos Materiais a tendência verificou-se a nível nacional, acrescentando ser “um curso muito interessante e também um curso que o nosso país precisa, mas as causas ou os factores deste decréscimo, não sei ao certo. O que eu sei é que a nível nacional todas as engenharias tiveram uma diminuição de procura, pelo menos nas universidades, devido ás notas de matemática e física serem extremamente baixas e o número de candidatos ser menor”. Os resultados de Eng. do Vestuário são igualmente explicáveis pela má imagem do sector têxtil transmitido pelos meios de comunicação social, fazendo com que os alunos procurem opções “que pensam serem melhores e que julgam que lhes vão garantir um futuro profissional melhor”. Serão tomadas medidas por parte da UM relativamente ao curso de Eng. do Vestuário, que será reestruturado, passando essa reestruturação também pelo próprio nome do curso. Porém todas as engenharias vão sofrer uma reforma devido à Declaração de Bolonha. Recorde-se que a Declaração de Bolonha, é um documento que foi lançado em 1999, resultante da reunião dos Ministérios da Educação de 29 países Europeus, entre os quais Portugal, tendo como um dos seus objectivos a promoção da mobilidade dos alunos, professores e investigadores a nível europeu. Em relação aos novos cursos da UM os resultados não foram lineares. O curso de Matemática Aplicada atingiu uma taxa de ocupação de 82,9%, no entanto o curso de Química atingiu apenas uma taxa de 40%. No ano lectivo em curso, dos 49 cursos existentes, só 17 não preencheram a totalidade das vagas, sendo um saldo bastante positivo relativamente ao ano transacto, que teve 26 cursos na mesma situação. Este ano existem também vários cursos que excederam o número de vagas, caso não verificado no passado ano, devido a empates e regimes especiais, como já foi referido no artigo anterior, intitulado: “Taxa de ocupação na 1ª fase foi de 76%”. Este facto torna-se relevante na medida em que existem cursos com uma taxa de ocupação superior aos cem por cento, reflectindo-se esse valor na taxa de ocupação da UM, caso ocorrido em 27 cursos. Contudo existem nove cursos que não conseguiram alcançar os 50%, nomeadamente, Eng. de Materiais (30%), Eng. do Vestuário (10%), Eng. Têxtil (14,3%), Ensino de Físico e Química (48%), Ensino de Inglês e Alemão (32%), Ensino de Português e Alemão (42,9%), Física (27,8%), Geologia – Ramo Recursos e Planeamento (25%), Química (40%). Será relevante explicitar em que consistem as “colocações transferência”, visto estas poderem fazer alguma confusão aos leitores, pois estas permitem que cursos com zero vagas divulgadas para a segunda fase tenham colocações. A Chefe de Divisão Pedagógica dos Serviços académicos, Alexandra Seixas, explica: “As colocações transferência são colocações que ocorrem entre a primeira e segunda fase, em que os alunos entram independentemente do curso ter ou não vagas, ou seja, entram devido à mobilidade de outro". Por exemplo, no caso de Comunicação Social, haviam zero vagas e foram colocados seis alunos na segunda fase. Isto aconteceu porque seis alunos que tinham sido colocados e posteriormente inscritos, na primeira fase, no curso em questão conseguiram mudar de curso deixando automaticamente as suas vagas disponíveis. Acrescenta ainda: “Quando um curso tem zero vagas divulgadas, muitos alunos não concorrem para esses cursos erradamente, porque apesar de não existirem vagas divulgadas devido a essa mobilidade é possível a abertura de vagas, mas a sua divulgação é impossível”. Tudo aponta para que o panorama da UM esteja completo, nos anos anteriores, como refere a Dra. Alexandra Seixas: “Em principio não vai haver terceira fase, como já não há à muitos anos.”, e informa ainda que será publicado brevemente um comunicado, da autoria do Reitor, relativamente a este assunto.
posted by aL  # 19:10
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