Na passada quarta-feira, dia 19 de Novembro, decorreu mais uma Reunião Geral de Alunos, no Auditório Nobre, no Pólo de Azurém (Guimarães), com a seguinte ordem de trabalhos: aprovação do Relatório de Contas; marcação das eleições para a direcção da AAUM; e eleição da Comissão Eleitoral.
Ricardo Almendra, presidente da mesa da RGA, deu início à reunião, mas antes de passar à ordem de trabalhos, por uma questão de legalidade, foi necessário proceder à votação para ratificar a nomeação de Mário Guimarães como Revisor Oficial de Contas (ROC).
Alguns estudantes manifestaram a sua opinião, nomeadamente Paulo Pinto que afirmou estar a ser feita uma “ratificação às cegas”, e questionou o porquê da escolha da empresa “Joaquim Guimarães, Manuela Malheiro e Mário Guimarães SROC”, para efectuar a auditoria às contas da AAUM.
Vasco Leão, presidente da AAUM, respondeu ao pedido de esclarecimento de Paulo Pinto, explicando que esta empresa é considerada uma “empresa de referência”, e também o facto de Mário Guimarães ter sido estudante da UM, membro da AAUM e professor da Universidade do Minho, foram elementos que pesaram na tomada desta decisão.
Feitos todos os esclarecimentos, procedeu-se à votação: com 57 votos favoráveis e 12 abstenções, esta questão ficou ratificada.
Ponto número um: aprovação do Relatório de Contas. Ricardo Almendra começou por explicar que todos os documentos que deviam existir estavam disponíveis há mais de 8 dias no Gabinete de Apoio ao Aluno, podendo ser consultados por qualquer pessoa. Apenas o relatório de actividades estava disponível há apenas um dia e, por este motivo, Ricardo Almendra foi a favor de que se suspendesse a sessão, de modo a que todos os estudantes tivessem tempo para se inteirarem dos documentos disponíveis e, desta feita, numa próxima RGA, discutir-se-ia o relatório de contas e a sua aprovação.
Vasco Leão interviu, defendendo que a aprovação do relatório de contas e a marcação das eleições deveriam ser separadas e não discutidas na mesma RGA: “As pessoas não vêm de boa fé”, lamentou o presidente da AAUM que apelou aos presentes para que “tivessem em conta todo o trabalho de uma direcção, que o fez com muitos sacrifícios” e acrescentou: “Foi feito um relatório de contas como a UM nunca teve”.
De seguida, Miguel Macedo fez uso da palavra, insurgindo-se sobre a compra e utilização das carrinhas da AAUM e criticou a forma como decorria a RGA: “Vem tudo com bandeirinhas, só falta ser campanha eleitoral”.
Após a intervenção de alguns estudantes que demonstraram a sua posição, foi efectuada a votação: com 57 votos a favor, 22 contra e 6 abstenções, ficou decidido que a Assembleia iria continuar.
De seguida, Cristiano Guimarães, estagiário na AAUM, apresentou e explicou o modo como o relatório de contas foi elaborado, concluindo que o saldo é positivo visto que “os proveitos foram superiores aos custos”. Vasco Leão, fez questão de dar os parabéns a Cristiano e agradecer-lhe em nome da AAUM, demonstrando vontade para que ”os procedimentos que fazem agora parte da AAUM continuem a ser feitos”.
Paulo Pinto tomou a palavra e, muito embora tenha admitido não perceber “bolha de contabilidade”, questionou se teria sido boa opção a compra das duas carrinhas para a AAUM: “Porque não comprar um Porsche? Seríamos a única Academia que teria um Porsche!”, ironizou.
Rui Cruz, iniciou a sua intervenção, dando os parabéns a Cristiano e à forma como foi elaborado um relatório de contas que “vai enganando os estudantes”. Criticou ainda a “boa gestão da AAUM” e questionou o motivo de serem precisos 12 funcionários ao serviço da Associação.
Gil Baptista interviu, querendo saber o número de telemóveis que existem na AAUM e deixando no ar: “como é que a direcção pode dizer que fez uma grande recuperação se ainda o ano passado existiam problemas?”.
Após estas intervenções, Vasco Leão tentou responder a todas as questões que tinham sido colocadas. No que diz respeito às carrinhas, o presidente da AAUM considerou: “A opção é correcta. Gastávamos antes em carros alugados o dobro do que é gasto agora.”. No que concerne o número de funcionários que trabalham para a AAUM, Vasco Leão refere que também considera ser em demasia, no entanto, “há contratos a serem cumpridos” e acrescenta: “foi errada a decisão de terem admitido mais dois funcionários, mas foi feito antes da actual direcção”. Relativamente ao número de telemóveis, questão levantada por Gil Baptista, o presidente da AAUM respondeu que se encontram todos no “museu”, na administração interna e quanto ao dinheiro gasto em telemóveis, considera: “Há exageros que estamos a tentar controlar, no entanto, só percebe isto quem de facto está no terreno”. No final da sua intervenção, Vasco Leão fez um pedido de esclarecimento a Rui Cruz, pretendendo saber: “Porquê que o relatório está a enganar as pessoas?”.
Contudo, devido a limitações de tempo, uma vez que o Auditório Nobre teria de estar livre às 18h30, a RGA foi encerrada. Devido a este facto, não foi possível o esclarecimento por parte de Rui Cruz a esta questão, assim como ficaram sem resposta outras questões que iam surgindo.
Decisão marcada para quarta-feira
Por aprovar mantém-se o relatório de contas. A discussão continua na RGA de hoje, dia 26 de Novembro e terá mais uma vez como ordem de trabalhos: a aprovação do Relatório de Contas; marcação das eleições para a direcção da AAUM; e a eleição da Comissão Eleitoral. A RGA tem lugar no pólo de Gualtar, em Braga, pelas 14h30.
Filipa Neves Graça