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Académico

Blog ao serviço da academia minhota

01 dezembro

Medicina na UM pode aumentar número de vagas 

Está a ser ponderada a hipótese de abrir novos 289 lugares, já no próximo ano lectivo, no sentido de resolver o problema da falta de médicos, a médio prazo. Para a Universidade do Minho é sugerido um acréscimo de 50 alunos. A proposta lançada pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior (MCES), de abrir portas a um maior número de alunos nos cursos de medicina, diz exactamente respeito à criação de 289 novos lugares distribuídos pelos cinco estabelecimentos do Ensino Superior de Medicina. Deste modo, os dois cursos de Lisboa e do Porto, mais o de Coimbra, deverão sofrer o acréscimo de 20 alunos cada. A Universidade do Minho contará, possivelmente, com mais 50 vagas, e a Universidade da Beira Interior acrescentará ao seu “numerus clausus” 39 alunos. Para os licenciados em Medicina Dentária que perspectivem formar-se em Medicina Geral, o MCES prevê a abertura de mais 100 lugares distribuídos pelas universidades de Lisboa, Nova de Lisboa, Porto e Coimbra. Esta inflação nas vagas nos cursos de medicina suscita divergências de opiniões entre a Ordem dos Médicos e a Ordem dos Médicos Dentistas. Por um lado, o bastonário da Ordem dos Médicos, Germano de Sousa, acha o aumento excessivo. “Abrir vagas e depois a qualidade do ensino decair por falta de professores, de salas de aula, de laboratórios, por falta de tudo... mais vale não o fazer. Se é transformar o ensino médico e pô-lo ao nível de alguns ensinos universitários que eu conheço, vamos ter calma. É a saúde dos portugueses que fica em causa”, disse à TSF. Por outro lado, para o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, pode ser a solução para dois problemas: “A carência de médicos que se manifesta no País” e o “excesso de formação de licenciados em Medicina Dentária.” Relativamente à Universidade do Minho, o Presidente da Comissão Instaladora da Escola de Ciências da Saúde, Sérgio Machado dos Santos, em entrevista ao “Correio do Minho”, deixou bem claro que só quando estiverem concluídas as instalações definitivas é que será possível aceitar as 50 vagas propostas pelo MCES. Segundo Sérgio Machado dos Santos, as instalações definitivas são um projecto de grande qualidade: “Temos as instalações pensadas e adequadas ao modelo pedagógico que estamos a usar”. Cecília Leão, vice-presidente da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, informa que “a definição das vagas de ingresso no curso de medicina da Universidade do Minho durante a fase de Instalação da Escola de Ciências da Saúde, são analisadas, ano a ano, pela Comissão de Acompanhamento do Contrato de Desenvolvimento assinado com o Governo, e essa definição não será efectuada antes de Março ou Abril do próximo ano”. Na perspectiva de Pedro Morgado, Presidente do Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM), uma maior quantidade corresponderá a uma diminuição da qualidade, se não forem tomadas as devidas medidas. Ou seja, é necessário um aumento das instalações e dos professores. “Só concordo com o aumento proposto se este corresponder a uma manutenção das condições”, afirmou Pedro Morgado. A par da proposta do MCES, Maria Graça Carvalho pretende também autorizar a criação de cursos privados de medicina. Assim, ás 289 novas vagas acrescerão aproximadamente 200 lugares quando forem aprovados dois possíveis cursos de medicina no Ensino Superior Privado. A Ordem do Médicos critica a abertura de licenciaturas privadas pois, no seu ponto de vista, a aposta deve concentrar-se no ensino superior público. - Raquel Madureira
posted by aL  # 17:54
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Contas da AAUM finalmente aprovadas em RGA 

A Reunião Geral de Alunos da última quarta-feira testemunhou finalmente a aprovação do Relatório de Contas e Actividades da AAUM, assim como serviu para eleger a Comissão Eleitoral, admitir novos sócios honorários da Associação Académica e revelar a data em que se realizarão actividades recreativas e competitivas. “É importante este tipo de reuniões e que os alunos participem nas discussões. É sempre positivo que se debatam ideias opostas, para que se evolua”. Foi com estas palavras que Pedro Barros, estudante na Universidade do Minho, caracterizou o que estava a presenciar, enquanto os alunos decidiam, através de voto secreto, quem iria incorporar a Comissão Eleitoral. Com duas listas em disputa, e com a utilização do método de Homdt, a proposta A, liderada por Ana Sousa, conseguiu 63 votos, colocando 4 membros na referida Comissão. A proposta B, encabeçada por Sara Guimarães, recolheu 30 votos, arrecadando 3 colocações na mesma. Registados foram ainda três votos em branco e dois nulos. A Comissão Eleitoral será então constituída por Ana Sousa (presidente), José Alves, José Moreira; Patrícia Órfão (todos da proposta A) e por Sara Guimarães, Paulo Santos, Guilherme Barbosa (da proposta B). Da mesma RGA, de passada quarta-feira, saiu também a aprovação do relatório de contas e actividades da AAUM. Vasco Leão viu então resolvida uma questão que, na anterior RGA do passado dia 19 de Dezembro realizada no pólo de Azurém, havia levantado muita polémica. Basta lembrar a intervenção de Edgar Gonçalves que saiu da mesa para fazer um pedido de esclarecimento acerca da utilização das carrinhas da AAUM, mais concretamente se uma delas já tinha tido um acidente e o que é que a outra estava a fazer em Paredes de Coura e às portas de uma discoteca já de madrugada. Vasco considerou as perguntas “muito redutoras” e assinalou a existência de uma peça de um espelho partida e que uma carrinha estava em Paredes de Coura porque quatro pessoas lhe tinham pedido autorização e se responsabilizaram por ela. “Como a viagem não era longa, estávamos em período de férias e a carrinha não era precisa”, ele autorizou. A sessão teve que ser encerrada porque o auditório onde se realizava a reunião tinha que estar livre às 18h30, ficando a discussão suspensa e adiada para a mais recente RGA de 26 de Novembro. Contudo, nesta reunião o assunto não voltou a ser discutido, passando-se de imediato para a votação, onde foram registados 58 votos a favor, 16 contra e 12 abstenções. Os pedidos de Vasco Leão para que se aprovasse, por unanimidade, a proposta de atribuir o título de sócio honorário a três individualidades não foram suficientes para que tal acontecesse. Sr. Mota, Dr. António Barreto Nunes (director da Biblioteca Pública de Braga), Dr. José Manuel Mendes (autor da letra do hino da AAUM) e Maestro Fernando Lapa (autor da música do hino AAUM) recolheram então 79 votos a favor e quatro abstenções. Como primeira ordem de trabalhos de referida RGA, assistiu-se à apresentação das actividades (Recreativas e Competitivas) agendadas para este ano lectivo. Ivo Maio, vice-presidente do Departamento de Desporto da AAUM, revelou as datas dos principais eventos. Assim, a Gata na Neve realiza-se de 5 a 16 de Março, a Gata na Praia de 21 a 26 de Abril, em Porto de Mós e vai admitir 746 participantes. Agendados estão também a Gata no Monte nos dias 5 e 6 de Abril, a contar com 58 participantes. Realizados foram já o Dia do Desporto (em Gualtar e Azurém) no dia 9 de Outubro e o Caloiros de Molho, no dia 13 de Outubro. No que se refere a actividades competitivas, destaque-se o acolhimento dos Campeonatos Nacionais Universitários, a realizar em Maio de 2004. Igual destaque mereceram as já tradicionais dádivas de sangue (duas em cada pólo). - Sílvio Mendes
posted by aL  # 17:53
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A verdadeira historia do encerramento do bar Zoid [Comunicado] 

Fazem-me uma proposta indecente para deixar o bar, não tendo a sensibilidade para entender o problema em questão (material, funcionários). A desculpa inicial foi que teria havido uma auditoria e que eles não podiam continuar com a situação do bar (é esquisito que a tal auditoria só tenha posto em questão o bar por explorado por mim, esquecendo-se que eu entrei para o bar através de um concurso onde derrotei os outros concorrentes com uma proposta superior á que ficou em 2° lugar em mais de 500%). Também é de referir que à data os Serviços de acção social(SAS) não estavam interessados em explorar o Bar. Mais esquisito é quando alguém que foi responsável pela Secretaria da Escola de Eng. explore actualmente o bar dos professores e o bar do auditório (embora este esteja de forma fictícia entregue ao filho ). Esquisito é como essa Senhora conseguiu os dois bares ( totalmente montados pela Universidade) e ao que parece sem pagar uma renda justa. Enquanto exercia funções na Universidade já explorava os dois bares, embora haja quem diga que o dos professores pertencia á Escola e que ela só se responsabilizava pelo mesmo. Se assim era com certeza deve haver uma contabilidade relativa a essa gestão?! Também, há outros espaços que estão alugados e alguns deles até há pouco tempo pelo menos não pagavam qualquer renda á Universidade( tenho na minha posse a copia de um desses contratos, onde se refere que a concessão é gratuita e neste caso também não houve concurso ) . A desculpa inicial é esquisita, porque em tribunal o administrador foi muito claro, e ao contrário de outras testemunhas muito honesto, tendo referido que " houve uma auditoria, mas não se referiu nada sobre bares" e repetiu esta frase várias vezes. Depois, já me davam outra desculpa, " precisamos do espaço para construir gabinetes". Vejam bem, construir gabinetes num espaço nobre como era e é. Mas, nesta data sempre estavam a falar verdade, porque chegaram a descarregar material de construção civil para dar inicio ás obras. A obra só não foi por diante porque tive a coragem de escrever uma carta a um responsável da Universidade alertando-o para o crime que seria construir nesse espaço. Fui ouvido e a obra foi cancelada. Após as sucessivas tentativas dos responsáveis da Universidade, para eu deixar o bar nas condições que eles impunham, chegou-se a um impasse terminando este com uma queixa em tribunal. A UM alegava precisar do espaço para colocar computadores para os alunos ( mais uma desculpa para esconder a verdadeira intenção em relação ao bar). A má fé da UM nota-se quando, também, pede uma indemnização pelo facto dos computadores se terem degradado em armazém! Em tribunal, o depoimento de Armando Osório, Carlos Silva e da Senhora Julieta ( a antiga responsável pela Secretaria da Escola de Eng. e actual dona do bar dos professores e do bar do auditório), foi elucidativo da pretensão dos dois primeiros em me correr do bar ( chegaram ao ponto de afirmar que algum do material do bar seria da Universidade, quando sabiam que era falso ). A tal Senhora Julieta também em depoimento demonstrou o seu caracter, distorcendo a verdade deliberadamente, chegando ao cumulo de afirmar, que não se lembrava se todo o material existente no bar seria meu, quando á data da minha entrada no bar a universidade em Guimarães, não comprava nem que fosse um prego sem o conhecimento dessa Senhora. Contudo, o mais ridículo foi ter tido a “lata” de afirmar perante juramento de verdade: “Conheço mal o Ventura Coelho ". Mas, a verdade é que todos esses depoimentos em nada influenciaram a decisão do tribunal, visto que o principal da questão, estava em decidir se o contrato assinado por mim e pela reitoria, em 1994 ,seria válido ou não. O tribunal entendeu, visto o contrato não ter sido reconhecido no notário, como á data era exigido, este ser nulo. É de notar, que actualmente esse reconhecimento já não é necessário. Não concordando, como seria de esperar, com a decisão, recorri até ao Supremo tribunal de Justiça onde a sentença se manteve. Mesmo não concordando com ela tive que a aceitar e faze-la cumprir, encerrando o bar no dia 13/11/03 e entregando o espaço á Universidade no dia 17/11/03. Logo que a informação de que o bar iria encerrar se espalhou-se por toda a Universidade, instalou-se um grande movimento de protesto, visto não haver qualquer razão para o Bar encerrar. Cria-se um abaixo assinado onde professores, alunos e funcionários demonstram o seu descontentamento e discordância, pela vontade da Reitoria em encerrar o bar. Este movimento de solidariedade em volta do bar foi de uma dimensão incrível: é pena os responsáveis da Reitoria não terem podido ouvir todos os comentários e opiniões proferidas por toda a comunidade em relação ao fecho do bar. Vendo todo esse apoio, na manha do dia 12/11/03 envio por correio interno uma carta ao Senhor Reitor onde tento sensibiliza-lo para o erro que se estava a cometer. Em anexo á carta, é também enviada a cópia do abaixo assinado onde já constava o nome de 1000 pessoas. Vim a saber no dia 17/11/03, que o Senhor reitor pelo facto da carta ter sido enviada por correio interno não a aceitou. Neste dia, uma funcionária da Universidade vem ter comigo e entrega-me de volta a dita carta: " Senhor Ventura o Senhor Reitor pelo facto da carta ter sido enviada por correio interno não a leu, você deve leva-la pessoalmente, ou então, enviá-la por correio". É de referir, que nesse momento já o bar estava a ser desmontado. Pensando eu que o Senhor Reitor teria lido a carta, e não tendo tido qualquer resposta ou telefonema dele, na tarde de 12/11/03 em desespero de causa envio um fax para a Reitoria onde informo que a partir das 16hOO desse dia, entraria em greve de fome. Ás 16HOO colo uns papeis em frente ao bar, informando que nesse momento dava inicio á greve de fome. O movimento de apoio torna-se ainda mais evidente. Centenas e Centenas de pessoas incentivam-me a lutar contra uma decisão injusta. O alerta de que eu estaria em greve de fome espalhou-se por todo o lado, tendo a Advogada da Reitoria contactado o meu Advogado para que eu não realiza-se a greve. O meu Advogado telefona-me tentando, sem sucesso, demover-me. A noticia espalha-se rapidamente pela Comunicação Social, recebendo eu chamadas telefónicas de vários órgãos de comunicação. É então, que um verdadeiro cerco é montado à minha pessoa. A segurança é reforçada na portaria e dentro das instalações. Chegou-se ao ridículo, de dois segurança ficarem a vigiar-me. Os jornalistas são proibidos de entrar nas instalações, mas mesmo assim, muitos deles conseguem entrar e aproximar-se de mim. Ás escondidas conseguiram tirar algumas fotos e fazer-me algumas perguntas. Quando os Seguranças se apercebiam, aproximavam-se e pediam a identificação aos jornalistas dizendo: " se não é aluno nem professor tem que deixar as instalações porque não tem autorização de permanecer". Esta atitude da Universidade foi uma vergonha para a instituição! Na noite de 12/11/03 por volta das 09HOO várias pessoas que me faziam companhia, despedem-se de mim e vão embora, ficando eu a ler um livro. Passado uns momentos um Segurança meu conhecido, de forma educada diz-me:" senhor Ventura desculpe, mas temos ordens para o por fora das instalações". Não era nada que eu não estivesse á espera, respondo então: " O senhor sabe que tenho respeito e consideração por vocês, mas lamento informar que de minha livre vontade não vou sair do meu “cantinho”, por favor tomem as medidas que entenderem necessárias". Pedem-me, então, a identificação e retiram-se indo falar com o responsável das Instalações que estava junto da portaria interna. Alguns instantes depois, vem novamente ter comigo dizendo: " Senhor Ventura, desculpe mas temos mesmo que o colocar lá fora ". Ao que eu respondo: " Não me diga que me vão agarrar nos braços e arrastar-me para o exterior?". Respondem-me que isso não faziam. Voltam novamente para junto do responsável para receber ordens. Passado uns segundos estão novamente ao meu lado, dizendo que vão chamar a policia. Continuo a minha leitura quando de repente se apaga a luz naquela zona. Como estava bastante cansado e cheio de frio, enrolo-me no saco cama. Passados uns Vinte minutos sou perturbado por uma voz: " Ó chefe isto é algum Hotel, se quer dormir vá para um Hotel". Levanto a cabeça do banco e reparo que a voz se tratava de um policia “muito zeloso” mas pouco educado. Acompanhavam-no dois seguranças e um outro policia. Respondo-lhe que era aluno, que podia estar ali, rindo-se, pensando que lhe estava a mentir. O segurança diz-lhe que eu era aluno, tendo o policia repentinamente perdido a vontade de rir. Pede-me, então, com educação se lhe poderia mostrar o cartão de aluno. Respondo afirmativamente, dizendo-lhe se não queria também o BI. Após lhe ter entregue cartão de aluno e BI, eles afastaram-se de mim e reparo que os policias dizem qualquer coisa aos seguranças. Voltam os quatro para junto de mim, e eu digo ao Policia: " Para a próxima não ser tão rude, se a minha vontade fosse dormir no Hotel, concerteza não estaria ali e sim no Hotel, apontando com o dedo para o vidro, digo-lhe que respeite a minha forma de luta". O Senhor ficou meio atrapalhado quando reparou que estava em greve de fome, tentando reparar o erro disse: " Sabe que aquilo era uma forma de falar... e a sua família sabe que está aqui? Respondo-lhe que sim. Deslocam-se, novamente, todos para junto da portaria para falar com o responsável das instalações. Este, bastante exaltado com os agentes, passa o seu telemóvel para o ouvido de um deles falando este com alguém que eu penso que seria a responsável máximo pelas instalações. Voltam, novamente, para junto de mim e o agente diz-me que vou mesmo ter que sair. Digo que era aluno e que não saía e que ia para a sala dos computadores, tinha esse direito! Os seguranças intrometem-se e dizem que não podia. Tento sem sucesso explicar-lhes que tinha tanto direito de permanecer dentro das instalações como toda a gente que nesse momento permanecia aí. É, então, que me lembro que nesse dia havia uma sessão do Guimarães Jaz. Digo-lhes que ia assistir. Incrivelmente, os seguranças dizem que não podia assistir. Levanto-me, rapidamente e desloco-me ao outro lado e compro um bilhete para o concerto. Um dos seguranças ainda me tentou impedir, mas não foi suficientemente rápido. Volto para junto dos agentes e mostro-lhes o bilhete ( reparei no sorriso das suas faces) . Os seguranças tornam a insistir que não podia ir para o concerto. Voltam, novamente, a pedir informações ao responsável tendo, penso eu, este lhe dito para me deixarem ir. Não me apanharam desprevenido, pois eu já me tinha apercebido, que a mudança de planos tinha a ver com o facto de pretenderem que eu passa-se a porta que dá acesso ao anfiteatro e depois fecha-la á chave. Não me enganei, ultrapasso a porta com um segurança a meu lado e esta é imediatamente fechada. Aí fica um segurança para a abrir a porta sempre que alguém se deslocava para o anfiteatro. Digo, então, ao segurança que me acompanhava que não precisava de segurança particular, tendo este de forma educada respondido:" Senhor Ventura desculpe mas tenho que cumprir ordens". Resolvo não entrar no anfiteatro, ficando encostado a uma coluna de suporte da cobertura do corredor de acesso ao anfiteatro. Por ali permaneço alguns momentos. Recebo, então, uma chamada da minha esposa. Esta a chorar tentando que eu desistisse e passa o telefone para o meu filhinho de Dois Anos e Meio e este diz: " Pai anda para casa ". Nesse momento, vacilei, as lágrimas escorrem-me pela face, tento dizer-lhe que o Pai não pode ir já para casa. Foi nesse momento a falar com o meu filho que eu senti que tinha força suficiente para continuar com a minha luta. Como estava bastante frio e a chuva, optei por me deslocar para o meu carro que estava estacionado no parque para o qual paguei para ter autorização de estacionamento. O segurança não me acompanhou, mas controlou os movimentos á distancia. Estou a dormir no carro quando alguém bate no vidro, eram dois funcionários meus acompanhados por dois jornalistas da SIC que pretendiam falar comigo. Eu saio do carro e nesse momento chega um segurança. Diz que não se podia estar ali, ameaçando que me mandava rebocar o carro. Eu tão cansado que estava e farto da perseguição não lhe respondi. Ele volta a insistir. E quando os jornalistas se identificam e lhe dizem que tinham o direito de falar comigo, para se afastar por favor, que não queriam que ele ouvisse a conversa, o segurança recusa-se, dizendo ainda que não queria ajuntamento de pessoas. Instala-se um diálogo meio azedo entre o segurança e o jornalista que lhe diz que no tempo de Salazar é que o ajuntamento de pessoas era proibido, que esse tempo já tinha terminado á muito tempo. Como o segurança não se afastava, o jornalista pergunta-me se não me importava de falar-mos dentro do meu carro, pretensão esta, aceite por mim. Terminada a conversa, já estou, novamente, a dormir quando tomam a bater no vidro do carro. Era um outro segurança que de um modo bastante correcto e educado me diz que não podia ter ali o carro, para o colocar no parque da entrada. Como o Senhor tinha sido educado e também eu já não ter forças para o contestar, acatei o seu pedido. Acordo ás 08HOO e desloco-me para o meu lugar onde realizava o meu protesto. Aí, passo de novo, o dia todo cercado por seguranças. Os apoios e solidariedade continuam por todo o dia. Dezenas e dezenas de pessoas sentam-se junto a mim para me darem a sua solidariedade e transmitirem a sua repugnação por tanta segurança. De quando em quando, lá vinha o segurança conferir se alguém que falava comigo não era jornalista. São quase 21HOO, sinto-me bastante fraco, doía-me o estômago, a cabeça parece que quer dilatar. Já tinha decidido que não lhes daria hipótese de me mandarem para a rua a segunda vez, vou preparando as minhas coisas para abandonar o locar e deslocar-me para o carro. Nesse momento estou acompanhado por umas pessoas amigas, uma delas preparava-se para me fazer companhia durante a noite dentro do carro. São os derradeiros momentos que me recorda de estar lúcido. Desloco-me á casa de banho existente ao lado da biblioteca, quando estou a descer os degraus das escadas devo ter desmaiado e caí ao chão. Depois disso, apenas me recordo de acordar no Hospital de Guimarães. Quando já estou meio lúcido, não tenho qualquer dúvida que logo que fosse possível sair dali, voltava para continuar com a minha luta. É a minha esposa que me pede, por favor, para parar com aquela loucura, que tinha-mos um filho para criar. Foi nesse momento,que tomei a decisão de que dali iria para casa para junto do meu filho, estava cheio de saudades, queria-o ver. No Hospital dizem-me que as greves de fome não se podem fazer só ingerindo água, teria que tomar água com açúcar e algumas vitaminas. Não tenho qualquer dúvida que se tenho tomado água com açúcar, na Segunda Feira de manha lá estaria no meu lugar e ai é que eu queria ver a reacção dos ilustres e insensíveis responsáveis da Universidade do Minho. Teriam um grave problema para resolver. Os responsáveis da Universidade, principalmente o Senhor Reitor tem que governar em função dos interesses de toda uma comunidade que o elegeu e que ela representa. Será que é um acto de boa gestão construir-se gabinetes num espaço daqueles onde está inserido o bar? Será que é um acto de boa gestão desactivar o bar para ai colocarem computadores? Será que o Senhor Reitor não tem a noção das necessidades ao nível de bares de toda uma comunidade? Será que o Senhor Reitor não se apercebeu que acto de boa gestão seria já se ter aberto um Terceiro bar e errado é diminuir as opções para um único bar? Será que o Senhor Reitor não tem inteligência suficiente para ver que se criou um movimento tão grande de protesto, onde 1500 assinaturas lhe solicitavam a manutenção do Bar. Ou será que prevalece a opinião de meia dúzia sobre uma muito grande maioria? Proponho á Reitoria que realize um referendo em Azurém com opção de escolha entre encerrar o bar e continuar com ele aberto. O resultado seria esclarecedor. Será que foi justo e correcto a Universidade ter utilizado tanta desculpa para a necessidade da minha saída do bar? Será que todo esse estratagema era necessário, quando eu próprio sabia muito bem quem eram as duas pessoas que pressionaram a Reitoria a tirar-me o bar. Essas duas pessoas foram o Senhor Armando Osório e o Senhor Carlos Silva. Será que ninguém tinha coragem desde o inicio de assumir que os Serviços de acção Social queriam assumir a gestão do Bar? Essas pessoas sabem que se o assumissem eu poderia defender-me facilmente, bastava perguntar quais as vantagens para a comunidade em o bar ser gerido pelos SAS em detrimento das vantagens que o bar com a minha gestão sempre deu a professores, alunos e funcionários. Os SAS quando eu através de concurso ( não foi nenhuma oferta ) tomei conta do bar ficaram bastante preocupados, visto eu ir pe~ar num bar com tantas limitações que tinha á data e ainda ir pagar uma renda enorme. E que as opiniões poderiam questionar: " Se este com estas condições e ainda a pagar renda vai ter algum lucro, se este com funcionários a ganharem o dobro de alguns funcionários do bar dos SAS, consegue rentabilizar isto, então o bar dos SAS tem que dar muitos Milhares de lucro no Fim do Ano". Eu tenho a minha opinião sobre estes lucros, mas é minha. Solicitem relatórios e contas individuais a cada bar, mas dos últimos Seis Sete Anos. Com o passar dos Anos essa preocupação muito mais aumentou. Em 1996 sou eleito Presidente adjunto da AAUM, sendo o responsável pela AAUM em Guimarães. Durante o meu mandato a tradição de manipular a AAUM por parte de alguns responsáveis da Universidade do Minho terminou. Sempre defendi os verdadeiros interesses dos alunos que me tinham eleito, dizendo muitas vezes não a quem sempre esteve habituado a ouvir sim. Tinha a coragem necessária e a independência suficiente para tomar as decisões que me pareciam do interesse dos alunos que eu representava. Nunca precisei de estar dependente de uma bolça, nunca precisei de ter de andar a bater nas portas a mendigar o que quer que fosse. Com esta atitude correcta e honesta, consegui arranjar alguns " amigos pessoais" dentro da Universidade do Minho, tais como o Senhor Armando Osório e o Senhor Carlos Silva. Não foi por acaso que um dia o Senhor Carlos Silva dentro das instalações da casa de banho da presidência da Escola de Eng., me disse na cara : " quando for eu a mandar vais ver se sais ou não sais ". Por acaso tinha toda a razão, sai, mas com toda a dignidade como quando entrei. Assim como no dia que sai de responsável da AAUM , sai com a mesma dignidade que tinha entrado. Já o Senhor Carlos Silva não sei se poderá dizer o mesmo. Pode ter entrado para Presidente da AAUM com alguma dignidade, mas na sua saída a dignidade não deveria ser muita, caso contrário não precisaria de numa noite ter feito desaparecer a documentação da AAUM relativa ao seu mandato A minha documentação não foi preciso destrui-la. A retribuição que tive por tanto empenho e lisura está-se a ver qual foi. Pelo contrário em Seis Anos onde chegou o Senhor Carlos Silva? A independência dos dirigentes da AAUM relativamente Universidade do Minho, ficou bem expressa na atitude destes durante esta crise do bar. Pura e simplesmente nada fizeram, lançaram um comunicado no dia 17/11/03, quando o bar já estava desmontado, a dizer pura e simplesmente nada. Os alunos não são ignorantes, não se deixam impressionar por um comunicado tardio e desesperado de alguém que sabe que as eleições para a AAUM se aproximam. Os responsáveis máximos pela AAUM por acaso assinaram o abaixo assinado? O Senhor Presidente da AAUM, Vasco Leão que tenha a coragem e tome pública a conversa que um dia teve comigo dentro do bar, que revele o pedido que um responsável da Universidade lhe fez relativamente ao bar. Se por acaso não tiver essa coragem, está visto qual o seu percurso profissional, esperem para ver! Como já referi em carta ao Senhor Reitor, os Homens não podem ser só feitos de massa, também tem que lá existir alguma dignidade e honestidade. Deus é grande e não dorme.
posted by aL  # 17:51
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